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O super-herói mais famoso da história dos quadrinhos e do cinema, o Superman ganhou nova versão na série de HQs Superman: Son of Kal-El, lançada recentemente pela DC. Enquanto o futuro do personagem nas telas ainda é incerto, nos quadrinhos, ele é Jon Kent, filho adolescente de Clark Kent que continuou o legado do pai. Além das aventuras pelo mundo, Jon também vive as descobertas da juventude e, em um movimento que ainda conta apenas com alguns representante nos universo dos super-heróis, assume a bissexualidade.

O romance acontece no quinto volume da série, quando o herói desenvolve um sentimento mais profundo por Jay Nakamura, um ativista hacker que já era amigo de Jon. Os leitores mais familiarizados com os quadrinhos, aliás, podem nem se surpreender tanto com o beijo entre os dois, já que o personagem já havia marcado presença na história antes. Para o autor de Superman: Son of Kal-El, Tom Taylor, esta é uma oportunidade de fazer com que mais pessoas se identifiquem com seus personagens favoritos, afirmou em entrevista ao IGN.

Quando me perguntaram se eu queria escrever um novo Superman com um novo #1 para o Universo DC, eu sabia que substituir Clark por outro salvador hétero branco seria uma oportunidade perdida. Eu sempre disse que todo mundo precisa de heróis e todo mundo merece se ver em seus heróis. Hoje, Superman, o super-herói mais forte do planeta, está se assumindo como bissexual"

Quem é o filho de Clark Kent?

Aos 17 anos, Jon assumiu o manto de Superman, que também vai ganhar versão inédita nos cinemas em breve, quando seu pai foi embora do planeta Terra para combater Mongul e libertar o povo escravizado em Warworld - o personagem, portanto, não deixou de existir nesta nova série de histórias. O adolescente é filho do herói com Lois Lane, personagem admirada justamente por Jay. O jovem hacker é uma presença importante nas aventuras do protagonista e trabalha para uma organização de notícias independente. 

Para John Timms, artista visual dos quadrinhos, a abordagem da sexualidade de Joe faz parte naturalmente de suas aventuras.

“É importante fazer isso com Jon Kent como Super-Homem. Como vimos John crescer diante dos nossos olhos, será interessante vê-lo não só tentando se encontrar como pessoas, mas como herói em um mundo moderno e complexo. Dá para visualizar como isso poderia repercutir no futuro, em que o homem mais poderoso do mundo é parte da comunidade LGBTQIA+. Há muitas coisas no horizonte”, disse ao IGN. 

Taylor comentou ainda que a abordagem da bissexualidade do personagem não se trata de um truque, mas sim de um esforço crucial para que uma fonte de entretenimento tão presente na vida de muitas pessoas não seja excludente com boa parte delas. 

“Estou vendo tuítes de pessoas dizendo que choraram ao ler a notícia, que queriam ter um Superman assim quando estavam crescendo, em quem pudessem se ver”, disse o artista sobre as reações que tem acompanhado na internet. “O Superman sempre foi um símbolo de esperança, verdade e justiça. Hoje, esse símbolo representa algo mais. Hoje, mais pessoas conseguem se enxergar no maior super-herói dos quadrinhos”, pontuou.

O movimento, aliás, também já faz parte dos planos da Marvel, que prometeu investir melhor em representatividade LGBTQIA+ nas futuras produções da empresa. Por enquanto, a principal novidade foi em relação a Loki: o vilão interpretado por Tom Hiddleston na série do Disney+, fala sobre sua bissexualida em diálogo da trama.

Fonte: Adoro Cinema

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