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O Santos terminou o primeiro tempo do jogo contra o Atlético-MG, na última quarta-feira, com 16 bolas levantadas na área do rival. Sem um centroavante fixo e com Rodrygo, Jean Mota e Derlis González no ataque, eram cruzamentos em vão.

Com a opção por tirar a bola do chão, e apesar do maior volume no campo adversário, o Santos causou poucos sustos aos torcedores da casa.

A estratégia mudou no segundo tempo. O Atlético-MG, porém, melhorou, e o Santos, pelo chão, ficou mais distante do gol de Victor. Com poucas chances, o 0 a 0 foi celebrado pelos paulistas, que decidirão a vaga nas quartas de final no Pacaembu, no dia 6 de junho.

O técnico Jorge Sampaoli viu tudo do camarote. Suspenso por ter sido expulso contra o Vasco, o argentino foi substituído na beira do gramado pelo auxiliar Jorge Desio.

Depois do jogo, Desio ecoou as lamentações do chefe ao reclamar a falta de um centroavante para transformar em gol chances criadas – que, ao contrário de jogos recentes, não foram tantas em Belo Horizonte.

"No primeiro tempo pudemos manifestar o que viemos buscar. Tivemos o controle no primeiro tempo, mas faltou (um camisa 9) na área. Eles tiveram mais a bola no segundo tempo, e nós terminamos nos defendendo bem", resumiu o auxiliar à imprensa depois da partida.

O Santos começou o jogo com Rodrygo pela direita, Derlis González pela esquerda e Jean Mota flutuando pelo meio.

O jovem camisa 11 deu trabalho à defesa do Atlético-MG, mas não foi correspondido pelos companheiros – especialmente González, que não consegue repetir as boas atuações do início da temporada.

No segundo tempo, Desio trocou todo o ataque. Cueva, Sasha e Soteldo entraram em campo. O venezuelano tentou um pouco mais que os outros, mas as dificuldades no ataque continuaram.

A defesa esteve segura. Com Felipe Aguilar, Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique, protegeu bem o gol de Everson, e o Santos passou seu terceiro jogo seguido sem sofrer gols.

O 0 a 0 em Minas Gerais obriga o Santos a vencer o Atlético-MG no Pacaembu, daqui três semanas, para avançar às quartas de final. Empate por qualquer placar leva a disputa para os pênaltis.

Sampaoli, que retornará ao banco no jogo de volta, terá dificuldade para montar o time. É possível que o argentino tenha até seis desfalques, todos convocados por suas seleções.

Felipe Aguilar (Colômbia), Derlis González (Paraguai), Cueva (Peru) e Soteldo (Venezuela) estão todos pré-convocados para a Copa América, e Carlos Sánchez é frequentemente chamado pelo Uruguai, que ainda não divulgou a pré-lista. Rodrygo foi chamado para defender a seleção olímpica do Brasil num torneio na França – o Santos já pediu a dispensa do atacante.

Antes disso, porém, o Santos brigará pela liderança do Brasileiro. Segundo colocado no campeonato, enfrenta o Palmeiras, sábado, no Pacaembu. O rival é o líder. Ambos têm 10 pontos, mas o time de Luiz Felipe Scolari leva vantagem no saldo de gols (7 a 5).

 

 

 

Ge

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