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Robinho, Rodriguinho, Pedro Rocha e Fred. O quarteto do Cruzeiro, sem dúvida, é um dos melhores do Brasil. Muito potencial ofensivo, mas subutilizado na última quarta. Apenas uma finalização em mais de 90 minutos disputados. Uma. O Fluminense, que não tem todo este poderio ofensivo assim, finalizou 20 vezes e, de tanto tentar, garantiu o empate no último minuto do primeiro jogo nas oitavas de final da Copa do Brasil. Merecido para quem buscou mais o jogo e mais mereceu a vitória no Maracanã.


É bem verdade que este texto estava diferente até o último lance da partida. Tratava do jogo abaixo do Cruzeiro, mas também não deixava de destacar a eficiência do ataque: um chute, um gol. O mérito não cai por terra. Mas não é aceitável que um time como o Cruzeiro, com um setor ofensivo milionário – contando até que Thiago Neves e Marquinhos Gabriel estavam fora -, finalize apenas uma vez a gol em uma partida e dependa apenas de uma oportunidade criada para vencer.

No primeiro tempo, por exemplo, o time sequer finalizou. Errou bastante passes na saída de bola, que estava lenta. Acabou sendo presa fácil para a marcação do Fluminense, que não estava tão acertada assim, mas que teve pouca dificuldade para anular Rodriguinho, em outra noite pouca inspirada, e Fred, que não pode ser tão culpado assim, pois foi poucas vezes acionado. O gol veio no segundo tempo com Pedro Rocha, mas foi só. O Cruzeiro tentou segurar o 1 a 0, mas foi castigado no fim pelo insistente Fluminense. Mano Menezes corrobora com o pensamento que é pouco para um time como o Cruzeiro.

"O Cruzeiro teve poucas oportunidades, uma ou duas bolas durante os 90 minutos, mesmo para mim, que sou acusado de sempre gostar do jogo assim, é pouco. Claro que é pouco. Tivemos dificuldades de segurar a bola, tivemos dificuldades de saída, tivemos dificuldades para aproveitar os espaços. Marcamos muito bem. Defendemos muito bem. Em termos de resultado foi bom, em termos de atuação nós temos que apresentar mais", avaliou Mano.

São três partidas sem vitória agora. O Cruzeiro vinha de derrotas para Emelec, pela Libertadores, e Internacional, no Brasileiro. E uma constante neste período: o time continua jogando mal e sendo relapso defensivamente em alguns momentos das partidas. Queda de produção também admitida por Mano Menezes.

O Cruzeiro sabe que precisa melhorar e voltar a ser o time que estava alegrando sua torcida nos meses iniciais de 2019. Potencial tem e já provou que pode mostrá-lo em campo. Faltando dois meses para o reinício da sonho principal na temporada, o tricampeonato da Libertadores, há tempo para trabalhar e consertar o que vem desagradando.

Ge

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