Mundo

A FDA, agência reguladora de medicamentos no país, determinou que substância não atende aos 'critérios legais' para o uso emergencial

A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos nos EUA, suspendeu nesta segunda-feirta (15) o uso emergencial da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19.

Com base nas mais recentes evidências científicas, a agência determinou que os medicamentos não atendem aos "critérios legais" para a autorização de uso emergencial, pois é improvável que sejam eficazes contra a doença.

Em carta para Gary Disbrow, da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado (Barda), Denise Hinton, cientista chefe da FDA, escreveu que "não é mais razoável acreditar que as formulações orais de hidroxicloroquina e cloroquina podem ser eficazes no tratamento da covid-19, nem é razoável acreditar que os benefícios conhecidos e potenciais desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais".

A autorização de uso emergencial da FDA para hidroxicloroquina e cloroquina até então era restrita, aplicadas apenas a partir de medicamentos doados ao Estoque Nacional Estratégico dos EUA em pacientes com covid-19 hospitalizados.

Idas e vindas

No final de maio, a FDA chegou a permitir que as substâncias fossem distribuídas e prescritas por médicos a pacientes hospitalizados com covid-19. "Essa decisão foi baseada na avaliação dos critérios dos EUA e nas evidências científicas disponíveis no momento", escreveu, Stephen Hahn, comissário da agência.

"Continuamos a analisar os dados sobre hidroxicloroquina e cloroquina e faremos determinações futuras sobre esses produtos com base nas evidências disponíveis, incluindo estudos clínicos em andamento", completou.

A autorização de uso emergencial nos EUA facilitou a distribuição de comprimidos doados ao estoque nacional para pacientes com o novo coronavírus.

Na época, em entrevista ao canal CNN, Hahn reconheceu o clima político em torno da questão. No entanto, defendeu o manuseio da droga pela FDA: "Mantenho nossas decisões porque acho que estão enraizadas na ciência e nos dados e continuaremos a reavaliar".

 

 

Por Notícias R7

Compartilhe: