Um estudo comparativo mostrou que a recarga do açude de Coremas ainda segue muito abaixo da do ano passado. O principal fator desse acontecimento é, conforme o físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira, o fenômeno El Niño. O estudioso apresentou os dados referentes aos anos de 2018 e 2019.
O manancial coremense em 28/01/2018 tinha 21,62 milhões de metros cúbicos de água, e quando terminou o período chuvoso, no mês de maio do ano passado, o reservatório tinha 121,23 milhões. O abastecedor teve, portanto, uma recarga de aproximadamente 100 milhões de m³, na época de chuva de 2018.
No início do mesmo período neste ano, mais precisamente dia 16/02/2019, o açude de tinha 49,74 milhões de metros cúbicos de água. Agora, mais precisamente nos dados do dia 26 de abril, o manancial teve aproximadamente 53 milhões.
Um previsão realizada em janeiro deste ano confirmou o principal impacto do fenômeno El Niño no abastecedor coremense.
É O fenômeno natural categorizado como uma “anomalia climática”, repete-se em intervalos irregulares, que costumam variar entre dois e setes anos. Esse evento climático acontece em razão do aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, mais precisamente das áreas próximas à costa oeste do Peru e países vizinhos.
Na região Nordeste, o El Niño causa secas severas nas áreas centrais e norte da região Nordeste, afetando, principalmente, a região conhecida como Polígono das Secas, que passa a viver crises dramáticas relativas à escassez hídrica.
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