Brasil

A partir de 2020, uma parcela dos alunos que prestarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fará provas digitais, conforme anunciou, na manhã desta quarta-feira (3), o Ministério da Educação (MEC). O projeto piloto tem como objetivo instituir, progressivamente, os testes por meio digital extinguindo, em 2026, as provas em papel. 

Em coletiva de imprensa nesta manhã, o ministro Abraham Weintraub e o presidente Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, anunciaram as mudanças previstas para os próximos anos. 

"A proposta que estamos lançando é começar a transição do Enem para que ele seja feito como provas na Europa e Estados Unidos",  afirmou Weintraub. 


De acordo com a pasta, hoje, a realização das avaliações tem custo aproximado de R$ 500 milhões, que incluem gastos com logística e impressão dos cadernos. Mesmo com tanto investimento, a taxa de abstenção é alta, girando em torno de 25%, afirmou Lopes. Segundo ele, o deslocamento é o fator preponderante nessas faltas. Ao tornar o processo digital, esse problema seria reduzido, estima o presidente do Inep, instituto que realiza o Enem. 

"Vamos fazer vários Enems ao longo do ano, por meio de agendamento", destaca Lopes. 


Os testes digitais devem começar já em 2020, quando 50 mil alunos de 15 capitais poderão optar pela prova digital. Essa opção será feita no momento da inscrição e respeitará a "ordem de chegada".  A versão digital da avaliação está prevista para os dias 11 e 18 de outubro de 2020, enquanto a prova regular deve ocorrer nos dias 1° e 18 de novembro. Alunos que enfrentarem qualquer problema nos dias de testes ainda terão a possibilidade de participar da já existente reaplicação das provas, feita em dezembro.  Os custos estimados para a aplicação desse piloto no ano que vem, afirma o Inep, é de R$ 20 milhões.

Em 2021, as duas versões de provas serão ofertadas. No entanto, as avaliações digitais serão feitas em duas oportunidades. A ideia do MEC é que até 2026 a transição do analógico para o digital esteja completa. 


A partir de 2026, a gente vira a chave e passa a ter Enem digital para 100% dos alunos, garante Lopes. 

A mudança não deve contemplar investimentos  com compra de computadores. A pasta estima que, até 2026, a maior parte das escolas já esteja adaptada às provas digitais.


Gauchazh

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