Paraíba

A Polícia Civil da Paraíba vai começar, nesta quarta-feira (7), a tomar o depoimento de familiares dos 22 idosos que foram resgatados de um suposto asilo clandestino que funcionava em João Pessoa. A informação foi repassada pela delegada Vera Lúcia Soares, da Delegacia do Idoso e responsável pelas investigações.


 
Além de familiares, a Polícia vai tomar o depoimento de médicos que atenderam os idosos e pessoas que prestavam serviço. O inquérito policial tem prazo de 30 dias para ser concluído, mas o período  poderá ser prorrogado de acordo com a necessidade das investigações.
 
A denúncia sobre o asilo clandestino chegou ao conhecimento da polícia no último domingo (4), após uma ação do Ministério Público da Paraíba. Pelo menos 22 idosos foram resgatados do local por policiais e equipes do Ministério Público da Paraíba. O homem apontado como proprietário do asilo foi preso e conduzido à Central de Flagrantes de João Pessoa. E, no dia seguinte, foi liberado durante a audiência de custódia para responder o processo em liberdade. 


 
Segundo a delegada Vera Lúcia, os idosos estavam sofrendo maus tratos e foram levados ao Hospital Padre Zé. "Eles  estavam famintos e com muita  sede, numa condição muito triste. Havia um idoso com sintomas de Covid e que precisamos encaminhar para outro hospital",  declarou.
 
A delegada explicou que há indícios de que os idosos não eram visitados pelos familiares há muito tempo. "Os idosos estavam em condições deprimentes, doentes e passando fome e sede. Se recebessem visitas, certamente algum filho deles teria percebido isso e denunciado. Acreditamos que os idosos estavam abandonados e vamos apurar", afirmou a delegada.

 

Secom

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