Brasil

Equipamento que ganhou destaque na Guerra da Ucrânia e no conflito na Faixa de Gaza tem capacidade de derrotar 'alvos leves' e 'ligeiramente blindados', o que inclui veículos em movimento

O Exército Brasileiro planeja ter até 2027 drones equipados com mísseis em seu arsenal. O uso do equipamento ganhou destaque na Guerra da Ucrânia, em que dos aparelhos são usados para conter ofensivas russas por terra. As aeronaves também também são empregados pelas Forças Armadas de Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A base do futuro armamento é a aeronave pilotada remotamente Nauru 1000C, adquirida em dezembro de 2022. O equipamento foi desenvolvido sob encomenda para o Exército e deverá ser usado em ações de vigilância e defesa nas áreas de fronteira brasileira. No final de maio, a empresa XMOBOTS, fabricante do drone, anunciou que 21 militares haviam concluído o treinamento de nove meses para pilotar as aeronaves.

O sistema entregue aos militares brasileiros conta com três aeronaves Nauru que são pilotadas de uma base móvel em solo, montada dentro de um contêiner. Com peso máximo de decolagem de 150kg, esses drones tem autonomia de até 10 horas de voo e são movidos a propulsão híbrida (combustão e eletricidade). Uma aeronave Nauru tem 7,7 metros de envergadura e 2,9 metros de comprimento e pode atingir uma velocidade de até 110km/h.

O drone deverá ser equipado com mísseis Enforcer, descrito como um "sistema de armas leves guiadas de nova geração". Pesando cerca de 7kg, esses mísseis tem capacidade de derrotar "alvos leves" e "ligeiramente blindados", o que inclui veículos em movimento.

O primeiro drone Nauru foi entregue ao Exército brasileiro em uma cerimônia no hangar do 2º Batalhão de Aviação do Exército, em Taubaté (SP). No evento, o então comandante militar do Sudeste e atual Comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, comemorou a incorporação do equipamento:

— Está colocando o Exercito Brasileiro em outro patamar em termos de tecnologia, inteligência e aquisição de alvos. Esta tecnologia vai nos ajudar muito nas operações na faixa de fronteira, operações em ambientes urbanos e nas operações convencionais mesmo — disse Paiva.

O Globo

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