Brasil

Influenciador foi punido por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação

O empresário e influenciador digital Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo à inelegibilidade por oito anos e ao pagamento de multa de R$ 420 mil. A decisão, publicada neste sábado (27), aponta abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na campanha de Marçal à Prefeitura de São Paulo em 2024.

A sentença foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, que também determinou a absolvição da então candidata a vice, Antônia de Jesus. Esta é a segunda condenação eleitoral de Pablo Marçal neste ano. Em fevereiro, ele já havia sido declarado inelegível por vender apoio político em troca de doações via Pix.

De acordo com o processo, movido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda da candidata Tabata Amaral, Marçal impulsionou ilicitamente a candidatura ao promover um concurso de cortes de vídeos em redes sociais, oferecendo pagamento em dinheiro aos participantes. O material foi amplamente divulgado, com 3,5 bilhões de visualizações apenas no TikTok, conforme constatado pela Justiça.

O magistrado destacou que Marçal teve atuação direta e pessoal nas condutas consideradas ilícitas, além de descumprir liminar anterior que proibia tais práticas durante a campanha. O juiz também determinou que o Ministério Público Eleitoral investigue possíveis crimes cometidos por donos de perfis que participaram do impulsionamento.

Em nota, Pablo Marçal informou que irá recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e que “confia na reversão da decisão”, reafirmando que teria cumprido "todos os requisitos legais" durante a campanha.

Em fevereiro deste ano, Marçal já havia sido condenado por abuso de poder político e econômico e captação ilícita de recursos, após a Justiça constatar que ele vendia apoio de candidatos a vereador mediante doações de R$ 5 mil para sua campanha.

Portal T5

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