O cantor Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba carioca, morreu hoje (8) aos 66 anos. A notícia foi confirmada pela Veja.
O cantor estava internado desde o dia 28 de abril, em um hospital no Rio de Janeiro, quando apresentou um quadro de pneumonia. Na última quarta-feira (23), boatos de seu óbito circularam na internet, causando a revolta da filha de Arlindo, Flora Cruz.
Arlindo Cruz é um dos artistas mais importantes da história do samba. Carioca do bairro de Madureira, cresceu rodeado pelo ritmo e pela tradição do gênero, tornando-se ainda jovem um dos principais compositores da cena. Com talento precoce, ingressou na lendária banda Fundo de Quintal nos anos 1980, onde ajudou a revolucionar o pagode e a consolidar um novo jeito de se fazer samba.
Ao longo de sua carreira solo, Arlindo lançou sucessos como “Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar”, “Sorriso Aberto” e “O Que É o Amor”, canções que traduzem sua sensibilidade artística e conexão com o cotidiano do povo brasileiro. Suas letras falam de fé, amor, comunidade e ancestralidade — elementos que se tornaram marca registrada de sua obra.
Além da contribuição como cantor e compositor, Arlindo também é reverenciado como instrumentista — em especial pelo domínio do cavaquinho — e como parceiro criativo de grandes nomes do samba, como Sombrinha, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Alcione. Sua capacidade de unir tradição e inovação o colocou entre os pilares do samba contemporâneo.
Nos últimos anos, a saúde de Arlindo Cruz comoveu o Brasil. Em 2017, o artista sofreu um AVC hemorrágico que o afastou dos palcos e iniciou um longo processo de recuperação. Desde então, tem sido cuidado com carinho pela família e homenageado por fãs, músicos e pela comunidade do samba.
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