O total de dinheiro esquecido em instituições financeiras e bancos para ser resgatado pelos consumidores ultrapassou os R$ 10 bilhões. O SVR (Sistema de Valores a Receber), do Banco Central, atualizou nesta terça-feira (12) o valor para devolução em R$ 10,56 bilhões.
Até o fim de junho, o sistema devolveu R$ 11,02 bilhões, de um total de R$ 21,59 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.
Em relação ao número de beneficiários, 31,8 milhões de correntistas haviam resgatado valores. Por outro lado, 52,6 milhões de beneficiários, entre pessoas físicas e jurídicas, ainda não sacaram seus recursos.
Segundo o Banco Central, o Sistema de Valores a Receber é aberto, e, por isso, novos valores podem ser incluídos mensalmente por instituições financeiras.
A consulta e o pedido de resgate podem ser feitos a qualquer tempo. Os valores não resgatados permanecem guardados nas instituições financeiras. Os valores divulgados se referem ao mês de maio.
Segundo o Banco Central, o beneficiário com valores a receber em mais de uma faixa é contado mais de uma vez.
SVR: o que é e como resgatar
O SVR é um serviço do BC no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida têm dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição.
Para ter acesso a recursos de pessoas falecidas é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro. Apesar da transferência ao Tesouro, as estatísticas continuarão a ser atualizadas pelo BC.
Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Os saques por meio do sistema do BC foram interrompidos após a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional.
O repasse ao Tesouro ocorreu para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 9,7 bilhões vão compor os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício, mas a decisão caberá ao STF (Supremo Tribunal Federal), que julgará uma ação que questiona a constitucionalidade da devolução ao Tesouro.
Para consultar se tem valores a receber, basta acessar o sistema no site do Banco Central (www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber) e preencher os campos com o CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).
O SVR engloba valores disponíveis:
O Banco Central alerta os correntistas a terem cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos, mesmo com a interrupção dos saques. Veja os principais alertas:
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