Brasil

Conforme a Polícia, 95% deles tinham ligação com o Comando Vermelho.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, nesse domingo (2), que identificou 115 dos 117 mortos na megaoperação realizado nos complexos do Alemão e da Pena na semana passada.

O número contradiz a Defensoria Pública fluminense, que informou anteriormente que todos os corpos haviam sido liberados, conforme o portal Uol.

Em postagem nas redes sociais nesta segunda-feira (3), a corporação destacou que 95% dos identificados tinham ligação comprovada com a facção Comando Vermelho (CV), sendo 54% deles de outros estados, incluindo o Ceará.

Segundo a autoridade, os dois corpos não identificados não têm registros papiloscópicos, de arcada dentária ou de DNA, e, conforme informações do jornal O Globo, devem ser submetidos a outros processos de identificação.

Mais de 50% tinham mandado de prisão em aberto

Segundo a Polícia Civil fluminense, 97 dos identificados possuía histórico criminal "relevante". Dos 115, 59 tinham mandados de prisão em aberto.

Do grupo, 12 exibiam fotos armadas e indícios de envolvimento com o tráfico em suas redes sociais.

Nenhum dos mortos era alvo da megaoperação

Nenhum dos mortos identificados até o momento está na denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) que baseou a megaoperação, e expediu 48 mandados de prisão para a ocasião.

Operação mais letal da história do País

Além dos 117 civis mortos, quatro agentes de segurança também faleceram na megaoperação realizada no Rio de Janeiro na última terça-feira (28), totalizando 121 óbitos. Outras nove pessoas ficaram feridas, entre elas três moradores e seis policiais.

O número de mortes ultrapassa o massacre no Carandiru, ocorrido em São Paulo no ano de 1992, quando 11 detentos foram mortos em uma ação policial.

Além dos mortos, outros 113 foram presos na megaoperação. Ainda foram apreendidas 118 armas, incluindo 91 fuzis. O material recolhido segue em análise pelos órgãos de segurança.

Diário do Nordeste

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