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O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) virou réu na Justiça devido à acusação de violência doméstica contra a ex-mulher dele, a influenciadora Cíntia Chagas. O parlamentar é alvo de denúncia do Ministério Público de São Paulo por perseguição, violência psicológica e física. A denúncia foi aceita pela Justiça nessa terça-feira (4).

Havia ainda contra o deputado um pedido de prisão preventiva por descumprimento de medidas cautelares, que foi negado.
Conforme a decisão do juiz, apesar da gravidade do caso e do desrespeito à autoridade judicial, decretar a prisão preventiva não seria uma medida "adequada, necessária e proporcional" neste momento. As informações são da Folha de S. Paulo.
Lucas Bove também foi denunciado pelo descumprimento de medidas protetivas e foi multado em R$ 50 mil, valor que já havia sido fixado anteriormente.

Como argumento da decisão, o juiz mencionou uma transmissão ao vivo feita pelo deputado e publicações nas redes sociais dele sobre o caso.
O que diz cada defesa
A defesa de Bove chamou o pedido de prisão de "descabido" e disse que ele "finalmente poderá comprovar a mendacidade das acusações que lhe foram dirigidas, produzindo provas que evidenciem sua inocência de forma absoluta". Os representantes do parlamentar afirmaram ainda que as acusações de Cintia Chagas são "falsas".

Em nota, a influenciadora se manifestou alegando que o réu "acusou a delegada de negligência, rotulou o Ministério Público de 'militante feminista'" e disse que ela era "mentirosa".
A cada decisão processual que o contraria, ele elege um novo algoz. E agora? Acusará o juiz de quê? Eu, contudo, continuo acreditando na Justiça. Ela existe neste País", disse Cintia Chagas.

Sobre a Justiça ter aceitado as denúncias de violência contra Bove, a defesa da influenciadora destacou que é um
passo fundamental no combate à impunidade e um marco na aplicação da Lei Maria da Pena em sua plenitude, inclusive diante da violência praticada por meios digitais e institucionais".

Para a advogada de Cintia, Gabriela Manssur, "a Justiça enfim prevaleceu" após um ano e três meses.
Foi um tempo de dor e coragem, em que cada passo exigiu fé e firmeza para enfrentar não apenas as violências sofridas, mas também o peso do silenciamento, da descredibilização, das perseguições, calúnias e ameaças veladas", apontou.

Ponto do Poder