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Boneco da Estrela saiu de linha há décadas e foi ‘rebatizado’ por dono de loja de Fortaleza; conheça história do brinquedo

Em meio à febre de bonecos colecionáveis – com destaque para o Labubu e suas réplicas, que ganharam o apelido de “Lafufus” –, um brinquedo esquecido nos anos 90 ressurgiu em uma loja de Fortaleza e virou item de desejo.

Apresentado com o bem-humorado título “Tribufu, o primo feio do Labubu”, o monstrinho roxo de um palmo de altura foi “resgatado” em junho pelo analista de telecomunicações Diego Genuino, 33, dono da loja Cantinho do Colecionador, localizada no Shopping Benfica.

Entusiasta do colecionismo há quase 20 anos, Diego decidiu adquirir um lote com 100 unidades do brinde em junho deste ano, após conhecer a história do brinquedo caricato por meio de um amigo colecionador.

Idealizado pela Caixa Econômica Federal e confeccionado pela megaempresa de brinquedos Estrela, o bichinho na verdade se chama Monstrinho da Anuidade da Caixa e foi criado para servir de brinde para clientes do banco que pagassem a anuidade do banco em dia.

No entanto, a iniciativa não fez sucesso entre o público adulto e a Estrela acabou recolhendo 50 mil exemplares do boneco, que passaram anos encaixotadas e foram a leilão em 2010, sendo adquiridas por diversos entusiastas de itens nostálgicos.

Não tinha nenhum afeto com criança, nenhuma relação, e era um boneco feio pra época, né? Foi um brinquedo feito para adulto, mas não teve relevância”, conta Diego.

O amigo do empresário foi um dos compradores que garantiu alguns milhares de monstrinhos à época. Anos mais tarde, a tendência de Labubus e outros brinquedos colecionáveis fez com que Diego resolvesse apostar na compra de 100 exemplares para vender na última edição do Sana, em julho.

Foi quando eu tive a sacada. Uma criança chegou e pediu um Labubu. Aí eu disse ‘não, a gente não tem Labubu, que é um brinquedo novo, porque a gente trabalha com brinquedo antigo. Eu tenho um ‘tribufu’, que é o primo feio do Labubu. Aí mostrei pra ela, ela começou a rir e comprou”, conta Diego.

No mesmo dia em que realizou a primeira venda, o empresário fez uma foto do boneco e pediu a uma ferramenta de inteligência artificial que fizesse um banner “oficial” com a brincadeira. O anúncio chamou a atenção de clientes e fez com que todos os exemplares fossem vendidos, por R$ 20 cada, em pouco tempo.

Em comparação, um Labubu oficial custa cerca de R$ 223, em média, segundo a AFP.

Mas o sucesso veio mesmo quando uma influenciadora compartilhou um vídeo falando do tribufu no Instagram, conquistando um milhão de visualizações para o monstrinho. Em seguida, outros influenciadores e várias páginas de memes, como Brazilian Version e Fortaleza Ordinária, repostaram imagens do brinquedo e do anúncio criativo, um diferencial da loja.

Para dar conta da demanda, Diego adquiriu mais 250 exemplares – agora, há poucas unidades à venda –, mas conta que mais 2.500 devem chegar nos próximos dias, do último lote restante.

Quem comprar agora vai ter, porque não tem perigo da Estrela relançar isso de novo. Até por conta dos direitos”, alerta.

Após a viralização, o brinquedo tem aparecido em diversos marketplaces, com preços que podem chegar a R$ 100.

Mas Diego garante:

"tribufu” mesmo, só no Ceará. “A criatividade do ‘tribufu’ foi nossa”, brinca.

Diário do Nordeste

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