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O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, participou do "Redação SporTV" desta sexta-feira e comentou sobre o surto de Covid na delegação que foi para o Equador e o desejo do clube de adiamento do jogo com o Palmeiras.

Landim disse que o protocolo da Conmebol é mais frágil do que o do Brasileiro porque os testes são feitos com um tempo maior antes das partidas. Ele disse que a explicação para o pedido de adiamento do duelo com o Palmeiras, no domingo, é o risco de mais atletas estarem contaminados e ainda não terem dado positivo no exame.

- Achamos absurdo. Foram muitas pessoas. Coloco em xeque o tratamento que o Flamengo tem. Foi uma coisa excepcional. O protocolo da Conmebol testa dias antes, aumenta o risco. A janela de tempo é muito maior. Você já pode ter jogadores infectados e viajar. Por isso que levamos testes rápidos também. Dessa vez foram dois jogos seguidos no Equador. Quase impossível voltar. Tivemos que nos adaptar a um ambiente que não era nosso CT. Os protocolos do Flamengo são seguros. O risco é maior na Libertadores do que no Brasileiro - disse o presidente rubro-negro.

Perguntado sobre uma foto divulgada pelo clube com os jogadores sem máscara no voo de volta, Landim disse que é muito difícil ter esse controle.

- É óbvio que, na hora de tirar uma foto, você não fica de máscara. Eu não tiro foto com máscara. Quando vou tirar uma foto, tiro a máscara, prendo a respiração e tiro a foto. Isso acontece com todo mundo. Vamos relevar isso aí. Os jogadores jogam sem máscara, é difícil de conter, é coisa natural. Eles se cumprimentam, se abraçam - disse.

O infectologista Alberto Chebabo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que não existe qualquer orientação médica para retirada da máscara ao lado de outras pessoas.

- Não há recomendação de se retirar máscara, principalmente em contato com outras pessoas, quando o risco de transmissão aumenta. Não se justifica retirar a máscara ao falar, tirar foto ou qualquer outro contato direto com outras pessoas - afirmou Chebabo.

Na entrevista ao "Redação SporTV", o presidente do Flamengo garantiu que a preocupação para o jogo com o Palmeiras não é o número reduzido de jogadores disponíveis - cerca de dez do grupo profissional - , mas sim de risco alto de contágio.

- A discussão para mim não é o número de jogadores. É o período da janela de infecção. Consultamos infectologistas que nos disseram que a carga viral foi absurda dentro do grupo. Alguns podem ter contraído no último momento, no avião, e é necessário cinco dias para dar um positivo ou não. Vamos deixar um monte de gente possivelmente contaminada jogando?

 

fonte: GE/Rio

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