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Busca pelo hexa começa às 16h, no estádio que será também o palco da final da Copa do Mundo. Vinicius Jr é favorito a figurar na equipe titular

A espera acabou. Depois de 1.602 dias, a seleção brasileira volta hoje a entrar em campo para disputar uma Copa do Mundo. Em grande fase, com um sistema defensivo sólido e muitas opções no ataque, o Brasil é considerado um dos principais favoritos a erguer a taça no Mundial do Catar. A estreia será contra a Sérvia, hoje (24),  às 16h (no horário de Brasília), no Estádio Lusail — onde também será disputada a final da competição.

O técnico Tite tem todos os 26 jogadores convocados à disposição para montar o time titular, que deve ter uma formação ultraofensiva com um “quinteto mágico” formado por Lucas Paquetá, Neymar, Raphinha, Vinicius Junior e Richarlison.

O treinador tentou fazer mistério ao longo da semana e não confirmou a escalação, mas Vini Jr é favorito para sair jogando na vaga que ultimamente vinha sendo do volante Fred.

Um dos principais nomes do Real Madrid multicampeão na última temporada, o atacante de apenas 22 anos chega à Copa em condições de ser o companheiro decisivo que muitas vezes faltou a Neymar na seleção — quadro que levou ao surgimento do termo “Neymardependência” nos últimos anos.

O camisa 10 também vive grande fase nesta temporada, com 16 gols e 13 assistências em 22 jogos. Ainda controverso fora de campo, Neymar tem demonstrado maior comprometimento com o coletivo e terá sua terceira chance de levar a seleção brasileira ao sucesso em uma Copa do Mundo. O atacante não conseguiu superar Courtois na eliminação para a Bélgica em 2018, e havia se lesionado no jogo anterior aos 7 a 1 para a Alemanha na Copa de 2014.

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A vocação ofensiva desta equipe é notável já a partir da convocação: são nove atacantes entre os 26 selecionados para estar no Catar. Essa lista inclui sete estreantes que ajudaram a renovar uma equipe que manteve apenas nove atletas do grupo que havia jogado o Mundial da Rússia.

— É importante todo mundo saber seu papel em campo. E, para vencer, é preciso saber também o momento certo de atacar e de defender. Como atacante, prefiro o time ofensivo — disse Raphinha, um dos novos nomes desta seleção, em entrevista coletiva nesta semana.

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A seleção não perde em estreias em Copa do Mundo há 88 anos, desde uma derrota por 3 a 1 para a Espanha em 1934. A marca será colocada à prova diante de uma Sérvia com grande potencial de ameaçar o gol defendido pelo goleiro Alisson.

A seleção treinada por Dragan Stojkovic conta com meio-campistas criativos como Tadic e o polivalente Milinkovic-Savic. No ataque, dois artilheiros natos: Mitrovic e Vlahovic.

Brasil e Sérvia já mediram forças na Copa da Rússia, também na fase de grupos: vitória brasileira por 2 a 0, com gols de Paulinho e Thiago Silva — que será o capitão da seleção hoje. A única equipe pentacampeã do mundo só enfrentou os sérvios outra vez na história, também com triunfo, por 1 a 0 em 2014.

A busca pela sexta estrela no uniforme será o último capítulo da era Tite na seleção brasileira. O técnico que reconstruiu a equipe a partir de 2016 deixará a Canarinho logo após a disputa do Mundial.

Em seis anos, Tite teve apenas cinco derrotas em 76 jogos à frente da seleção, com 58 vitórias e 13 empates. Apesar desse retrospecto, do título conquistado na Copa América de 2019 e de ter conduzido a seleção à melhor campanha da história das Eliminatórias Sul-Americanas, o saldo de seu trabalho dependerá do desempenho do Brasil no Catar. Isso porque a lista de cinco derrotas do treinador inclui dois grandes traumas para o torcedor: a eliminação na Copa de 2018 e a derrota para a Argentina na final da Copa América do ano passado.

A trajetória até o hexacampeonato terá pela frente dois adversários já conhecidos nesta primeira fase. Pelo Grupo G, o Brasil enfrentará a Suíça às 13h de segunda-feira, e depois vai encarar a seleção de Camarões, no dia 2, às 16h. Caso avance para as oitavas de final, o adversário sairá do grupo que reúne Portugal, Uruguai, Gana e Coreia do Sul.

O Globo

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