Larissa Ferrari rebateu as alegações de Dimitri Payet no depoimento que ele deu à polícia, negando as acusações de agressão feitas pela advogada. A mulher diz que sofreu, sim, humilhações por parte do jogador do Vasco no período que se relacionaram. Segundo ele, os vídeos enviados por Larissa eram gravados de forma espontânea, sem qualquer tipo de ameaça ou pressão.
Uma das coisas que mais me chocam nas alegações é dizer que as humilhações eram consensuais. Em primeiro lugar, se fossem consensuais, não seriam humilhações, a pessoa estaria a vontade e bem. Isso não é real. Claro, onde preciso provar é na justiça, o transtorno que tenho", disse em vídeo nas redes sociais.
A advogada diz que o consumo de bebidas alcoólicas agravavam seus sintomas de bordeline e, por isso, aceitava as humilhações aos quais diz que o jogador a submeteu:
Como nós fazíamos uso de bebidas alcoólicas juntos, agravava ainda mais os meus sintomas e por isso tolerava e aceitava humilhações que hoje em dia não me reconheço. O que me dói não é o que os outros falam, eu sei o que vivi e os danos que me causaram, então piadas não me afetam porque sei o que vivi", desabafou.
No depoimento, ao qual o EXTRA teve acesso, Payet afirmou que conheceu Larissa pelas redes sociais em agosto de 2024. Segundo ele, a advogada passou a enviar fotos e vídeos íntimos por mensagens privadas. O jogador negou ter mandado imagens de cunho sexual para ela e afirmou que os vídeos enviados por Larissa eram gravados de forma espontânea, sem qualquer tipo de ameaça ou pressão.
Payet declarou à polícia que o relacionamento entre os dois era pautado por práticas sadomasoquistas e que esse tipo de relação ocorria tanto virtualmente quanto presencialmente, sempre de forma consensual.
De acordo com o jogador, o primeiro encontro presencial ocorreu em setembro de 2024, e eles teriam se encontrado pessoalmente cerca de dez vezes, mantendo ainda contato frequente por mensagens.
Ele admitiu que, nos encontros, levava objetos como coleiras, cordas e chicotes. Em uma das ocasiões, afirmou ter perguntado se Larissa ainda possuía seu vestido de noiva, pois tinha o desejo de ter relações sexuais com ela vestida dessa forma.
Payet também relatou que, em contrapartida, a advogada manifestou o desejo de ser urinada durante as relações, prática que, segundo ele, foi realizada diversas vezes de forma consensual. O jogador afirmou à polícia que a prática de beber urina era comum entre o casal. Ele declarou ainda que, em janeiro de 2025, Larissa lhe enviou um vídeo no qual aparecia, de forma voluntária, bebendo seu próprio xixi.
Sobre as supostas agressões, Payet afirmou que Larissa pedia para apanhar durante o ato sexual, inclusive com tapas no bumbum, o que deixava marcas. Com relação aos hematomas nas pernas, ele disse que eram resultados do contato com móveis, como cadeiras de madeira, e negou ter agredido a advogada, física ou verbalmente, inclusive durante o sexo. Segundo ele, nunca houve socos ou tapas no rosto.
Diário do Nordeste