Uma francesa de 57 anos, sem nenhum fator de risco, morreu em decorrência de uma forma grave da Covid-19 no início de dezembro, em um hospital da região parisiense. O caso causou revolta entre os médicos, após descobrirem que o certificado de vacinação era falso, comprado por cerca de 200 euros. Os médicos alertam que caso tivesse dito a verdade, a mulher poderia ter sido salva, pois, o tratamento seria diferente e o risco de doença grave teria sido reduzido.
A paciente, sem antecedentes médicos, deu entrada no início de dezembro no hospital Raymond Poincaré, em Garches, nos arredores de Paris, com o documento falso comprado por um médico, assegurando ter se vacinado.
O marido da paciente, que não teve o nome revelado, relatou à emissora de televisão BFMTV, de que a esposa teria contraído a Covid-19 do filho de 13 anos, contaminado na escola. Diante do agravamento de seus sintomas, foi necessário a hospitalização da paciente no pronto-socorro do hospital Raymond-Poincaré, em Garches. Já com o estado de saúde bem debilitada, a mulher mentiu no momento da internação, garantindo ter sido vacinada.
As equipes médicas iniciaram o tratamento, seguindo o protocolo aplicado às pessoas vacinadas e sem comorbidades. Alertada pela gravidade do caso, a equipe médica realizou vários exames complementares, entre eles um teste de pesquisa de anticorpos contra o coronavírus, que revelaram que a francesa não havia sido vacinada.
"Era a primeira vez que víamos uma mulher jovem, sem comorbidades conhecidas, a priori vacinada, que desenvolvia uma forma tão severa da doença", disse o diretor da UTI, Dijillali Annane, à Rádio France Info.
Caso os médicos soubessem do real estado de vacinação, outro protocolo teria sido aplicado, com medicamentos que são mais eficazes para reduzir o risco de progressão da doença.
Fonte: @Oglobo