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Maioria dos falecimentos ocorreu por inalação de fumaça

Um incêndio que começou durante uma missa na igreja Abou Sifine, no Cairo, matou 41 pessoas neste domingo (14).O Ministério do Interior informou que as chamas atingiram o ar-condicionado que liberou uma "grande quantidade" de fumaça, sendo a principal causa dos óbitos e feridos.

A Igreja Copta Egípcia informou "41 mortos e 14 feridos", citando "fontes do Ministério da Saúde", em um comunicado publicado em sua conta no Facebook.

Um dos caminhões dos bombeiros ocupava quase toda a largura da rua da igreja neste bairro densamente povoado da margem esquerda do Nilo.

A igreja encontra-se no piso térreo do edifício, que também abriga um centro de serviços sociais.

RESGATE

Um pouco mais adiante, o padre Farid Fahmy, religioso oficiante na igreja vizinha de Mar Yemina, afirmou que

o incêndio começou por causa de um gerador ligado após uma queda de energia e que sofreu sobrecarga".

O Ministério Público anunciou que abriu uma investigação e enviou uma equipe ao local, enquanto o Ministério da Saúde indicou ter enviado dezenas de ambulâncias.

Mobilizei todos os serviços estatais para garantir que todas as medidas sejam tomadas", reagiu o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, em sua conta no Facebook.

Sissi também anunciou que "apresentou suas condolências por telefone" ao papa copta Tawadros II, chefe da comunidade cristã no Egito desde 2012.

TRAGÉDIA ANTERIOR

Em março de 2021, pelo menos 20 pessoas morreram em um incêndio em uma fábrica têxtil na periferia leste do Cairo. Em 2020, dois incêndios em hospitais tiraram a vida de quatorze pacientes com covid-19.

Embora numerosos, os coptas se consideram sub-representados na política e em cargos públicos e lamentam uma legislação muito restritiva para a construção de igrejas e muito mais liberal para mesquitas.

Os coptas também sofreram represálias dos islâmicos, principalmente após a derrubada por Sissi em 2013 do presidente islamita Mohamed Mursi, com igrejas, escolas e casas incendiadas.

Escrito por AFP

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