Um vídeo viral no TikTok sobre uma “tornozeleira infantil” de brinquedo causa polêmica entre internautas.
Segundo a narração do vídeo, a proposta do produto seria
manter as crianças onde elas devem estar”.
Porém, a tornozeleira não passa de um meme sobre criação de filhos.
Típico exemplo de avaliação de produto no TikTok, o vídeo começa com uma pessoa narrando ter comprado a tornozeleira infantil em uma loja Walmart.
Se você tem criança pequena e não dorme o suficiente à noite, aposto que é porque seus filhos não ficam no quarto. Esse também era o meu problema até recentemente, quando encontrei esta tornozeleira”, afirma a narração.
O vídeo mostra o braço de quem está filmando pegando o item em uma prateleira e depois colocando no tornozelo de uma criança.
A narração segue destacando benefícios do produto, como a possibilidade de “eletrizar” a tornozeleira caso a criança não esteja se comportando.
Usuários do próprio TikTok perceberam que havia algo de errado com o conteúdo.
Nos comentários do vídeo, alguns notaram que a caixa do produto exibido tinha uma versão falsa do logotipo da empresa de brinquedos Little Tikes, fundada em Ohio, nos Estados Unidos, em 1969.
Tornozeleira infantil no TikTok: criador fez vídeo “por diversão”
O perfil @legbootlegit, o “brincalhão” por trás do vídeo, criou o aplicativo que serviria para gerenciar a suposta tornozeleira, além da embalagem.
Já @shampooty, artista que vende itens similares em sua loja “Kids Toys, Adult Issues”, foi responsável por fazer a tornozeleira.
Em entrevista ao jornal britânico The Independent, @legbootlegit, identificado apenas como Justin, disse que cria os vídeos controversos “sobretudo por diversão”. Já os produtos são uma “forma de arte”.
Você se surpreenderia com o quão divertido é espalhar desinformação inofensiva. O mundo poderia usar um pouco mais de loucura, um pouco mais de esquisitice, um pouco mais de humor... Estou ajudando a preencher esse vazio”, acrescentou @legbootlegit.
Em uma época de inteligência artificial e agendas globalistas, tentam nos espremer em moldes, como em ‘Admirável Mundo Novo’. Acho que ajuda introduzir um erro humano lúdico ocasionalmente”, concluiu.
Por Mateus Brisa