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Retrato da juventude de Jorge Mario Bergoglio foi divulgado por sua família na Argentina
 

Jorge Mario Bergoglio assumiu o posto mais importante da igreja católica em 13 de março de 2013

Jorge Mario Bergoglio, conhecido pelo mundo como papa Francisco, teve seu pontificado marcado pelo combate à pobreza e solidariedade às minorias. O papa, que faleceu na madrugada de segunda-feira (21), também se tornou marcante por quebrar paradigmas.

O argentino foi o primeiro papa latino-americano da história e foi o primeiro não europeu em dois mil anos. Além disso, Francisco foi o primeiro jesuíta a assumir o posto mais importante da Igreja Católica.

Francisco assumiu como papa em 13 de março de 2013 e teve doze anos de papado. A influência religiosa de Jorge veio principalmente de sua avó paterna, presença constante em sua infância.

Em sua autobiografia, 'Vida: Minha História Através da História', o pontífice revela algumas curiosidades de sua trajetória:

Papa Francisco já teve namorada

Um dos momentos de sua vida pessoal revelados na autobiografia é que Papa Francisco teve uma namorada na juventude.

Eu já tinha tido uma namorada antes, uma menina muito doce que trabalhava no mundo do cinema e que depois casou e teve filhos", descreveu.

Depois disso, outra paixão o desafiou quando já estava no seminário, se preparando para tornar-se padre.

Eu estava no casamento de um dos meus tios e fiquei encantado por uma garota. Ela virou minha cabeça com sua beleza e inteligência. Por uma semana, fiquei com sua imagem na mente e foi difícil conseguir rezar! Depois, felizmente, passou, e me dediquei de corpo e alma à minha vocação", disse.

Problemas de saúde na juventude

Aos 21 anos, ainda no seminário, Francisco foi surpreendido por uma gripe que 'não passava nunca'. Ele foi diagnosticado como uma série infecção e ficou em estado crítico.

Ele precisou de transfusão de sangue por diversos dias e chegou a se preparar para a morte.

Eu ficava muito tempo em silêncio. Pensava no que poderia acontecer comigo, rezava a Nossa Senhora e, de certa maneira, também me preparava para a morte. Não se podia descartar esse risco. Minha mãe, sempre que ia me visitar, caía em prantos, outros tentavam me consolar”, contou.

Meses depois, o religioso precisou retirar parte do pulmão direito após a formação de três cistos no órgão.

Você pode imaginar o tamanho dos cortes e o quanto sofri”, disse.

EXPULSO DO VESTIÁRIO DO TIME DO CORAÇÃO

Apaixonado por futebol, Francisco chegou a ser expulso do vestiário do seu time do coração, o argentino San Lorenzo.

Em 1998, quando era padre, Francisco entrou no vestiário do time antes de uma partida com o Clube Atlético Platense. A história foi revelada pelo técnico da época, Alfio Basile.

Estávamos nas palavras motivacionais para sair para o estádio e de repente a porta do vestiário abre e entra um padre. Eu digo: mas nenhum padre, nem ninguém pode entrar no vestiário, ainda mais antes de começar a partida”, contou.

O técnico descobriu então que o padre tinha costume de benzer os jogadores antes das partidas. Mesmo assim, não deixou que a benção ocorresse naquele dia.

Mas se você me contratou porque o San Lorenzo não ganha de ninguém! Pode mandar embora esse azarado. Nesse momento, eu nem sabia quem era esse padre”, contou sobre a conversa que teve com o presidente do clube.

INFLUÊNCIA BRASILEIRA PARA O NOME

O papa escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, protetor dos pobres. A escolha foi influenciada por um cardeal brasileiro.

Francisco contou que Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, o apoiou durante o processo do conclave. Quando foi escolhido pela maioria, Hummes deu-lhe um beijo e disse para 'nunca esquecer dos pobres'.

Foi ali que escolhi o nome que teria como papa: Francisco”, disse

Diário do Nordeste

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