A autópsia realizada na brasileira Juliana Marins revelou que um trauma contundente na região do tórax foi a causa da morte da publicitária, encontrada sem vida, na terça-feira (24), após cair e deslizar num penhasco enquanto realizava uma trilha próximo ao vulcão Rinjani, na Indonésia.
O resultado foi divulgado pelas autoridades do país asiático nesta sexta-feira (27), conforme a BBC Brasil.
O especialista forense Ida Bagus Alit detalhou, à imprensa, que a jovem de 26 anos teve sangramento e órgãos internos danificados devido às seguintes lesões:
fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa;
arranhões e escoriações.
A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas", ressaltou o médico.
A autópsia foi realizada na noite dessa quinta-feira (26), logo após o corpo da jovem chegar ao Hospital Bali Mandara, em Bali, transferido do Hospital Bhayangkara, na província onde o vulcão está, já que o local não dispunha de peritos.
O que é um trauma contundente?
O trauma contundente, também conhecido como trauma contuso, é um termo usado para lesões causadas por impacto direto de um objeto não afiado ou pela força aplicada ao corpo. Esse tipo de traumatismo pode resultar em hemorragias e danos a órgãos e tecidos internos sem romper a pele, conforme um artigo médico da plataforma StatPearls.
Ele é comum em situações como acidentes automobilísticos, agressões, lesões esportivas e quedas, como a de Juliana Marins.
Trauma é uma das principais causas de morte em jovens com menos 35 anos, e a maioria das lesões traumáticas graves é decorrente de traumas contusos.
Quando Juliana Marins morreu?
O especialista forense indonésio explicou, à imprensa do país, não haver evidências que indiquem que a brasileira tenha morrido muito tempo após os ferimentos, segundo as informações da BBC. Ela caiu em um penhasco do Monte Rinjani no último sábado (sexta-feira, 20, no Brasil), mas só teve o corpo resgatado na quarta-feira (25).
Havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos." Ida Bagus Alit Médico especialista forense da Indonésia
A partir dos resultados da autópsia de Juliana Marins, o especialista estima que ela morreu cerca de 20 minutos após sofrer as lesões.
No entanto, Alit destacou ser difícil determinar a hora exata do óbito e acrescentou que não havia sinais de hipotermia na jovem, já que não havia lesões tipicamente associados à condição.
Fatores como a transferência do corpo, por várias horas num freezer, da Ilha de Lombok, onde está localizado o Monte Rinjani, para Bali também dificultam a possibilidade de determinar o horário da morte, disse o médico forense.
Diário do Nordeste