Paraíba

O pagamento do piso salarial nacional dos profissionais do magistério, estabelecido pela Lei nº 11.738/2008, precisa ser respeitado pelo Governo Federal, estados, Distrito Federal e municípios. O entendimento foi reforçado pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, conselheiro Nominando Diniz, adiantando que a auditoria vai incorporar, nas próximas prestações de contas, um item para observar se há descumprimento da legislação. “Essa foi uma medida tomada quando assumi em janeiro  a presidência do Tribunal”, disse.

Nominando coordenou, nesta quinta-feira (01), a primeira audiência pública na história do TCE-PB. Ela foi realizada na sede do órgão com a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), para discutir o não cumprimento da lei do piso salarial dos profissionais do magistério da educação básica nos municípios paraibanos. A audiência foi solicitada pela deputada Cida Ramos. Reuniu professores e representantes de entidades da categoria. O diretor de Auditoria e Fiscalização, Eduardo Ferreira Albuquerque  e  o consultor Jurídico do TCE, Givonaldo Rosa Rufino participaram da reunião.

O conselheiro Nominando Diniz ouviu atentamente todas as explanações das entidades representadas de diversos municípios. No início da reunião, o professor Felipe Baunilha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) fez uma apresentação da importância do cumprimento da Lei nº 11.738,  que estabelece o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. 

Segundo o professor Felipe, na Paraíba 10 mil professores recebem piso salarial mínimo. "É preciso que a lei seja cumprida, porque ela garante ganhos reais para os trabalhadores do magistério e corrige esse erro histórico do desenvolvimento do Brasil, que é não investir nos profissionais de educação. Vários municípios da Paraíba estão desrespeitando isso. Gostaríamos que o TCE-PB responsabilizasse quem não cumprir”, reivindicou. 

Para a deputada, presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALPB, o pagamento do piso nacional do magistério é constitucional e fundamental o cumprimento dessa lei por parte dos governantes. “Esta audiência pública, que primeiro aconteceu no TCE-PB, objetiva sensibilizar os gestores públicos para a necessidade de cumprimento dessa lei, para que possamos, juntamente com o Tribunal de Contas da Paraíba, Ministério Público, o Tribunal de Justiça e o Governo do Estado fazer um esforço coletivo, para que seu cumprimento seja alcançado”, acrescentou Cida Ramos.

Nominando Diniz, por sua vez, concordou que os gestores públicos devem garantir a aplicação do piso nacional ao vencimento básico do magistério público e, ao mesmo tempo, respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Esse é o entendimento do Tribunal de Contas de Contas da Paraíba, em resposta à Comissão da Educação da ALPB, durante a audiência. “Estado e municípios são obrigados a aplicar o piso nacional dos professores, previsto na lei 11.738/08”, destacou.

O Ministério da Educação definiu o novo piso nacional dos professores da educação básica pública para o exercício de2023. Aportaria foi publicada no dia 17 de janeiro no Diário Oficial da União. O MEC reajustou o piso em quase 15%, passando para R$ 4.420 para jornada de 40 horas.

Presenças - Também participaram da primeira audiência pública do TCE-PB o sindicalista Sebastião José dos Santos, presidente da CUT-PB; Janiel César, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (Sinpuc); Germana Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (Sintramb); Thiago Ribeiro, vice-presidente do Sintramb; professor José Farias, presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos do Município de Santa Rita  (Sinfesa); e Raimundo Miguel Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais do Agreste e Mata Sul da Paraíba (Sintrams-PB), entre outros dirigentes sindicais representando diversos municípios do estado, além de professores e assessores parlamentares.

 

 

Por Fábia Carolino/Ascom TCE-PB

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