Um sonho construído com esforço, dedicação e muita ciência pode ganhar o mundo. O biomédico Wellydo Marinho, de Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, foi um dos três selecionados para um dos programas de doutorado mais disputados do mundo, realizado em parceria entre o King’s College London, uma das universidades mais prestigiadas do Reino Unido, e a A*STAR Singapore, agência nacional de ciência e tecnologia de Singapura.
Wellydo, de 25 anos, percorreu um longo caminho até essa conquista. Fez o ensino fundamental em Patos e concluiu o ensino médio já no Rio Grande do Norte, em Goianinha. Desde cedo, demonstrava paixão pela Biologia e fascínio pelo funcionamento do corpo humano. Em 2018, ingressou no curso de Biomedicina da UFRN, onde foi bolsista, monitor, organizador de eventos acadêmicos e iniciou sua trajetória na pesquisa científica, desenvolvendo nanopartículas com vitamina D para tratamento alternativo da esclerose múltipla.
Ainda na graduação, seu interesse pela Neurociência cresceu. Hoje, é mestrando em Neuroengenharia no Instituto Santos Dumont, onde pesquisa envelhecimento e epigenética do sistema nervoso central em primatas, sob orientação do professor Felipe Fiuza.
O reconhecimento internacional veio após um processo longo de aplicações. Com o apoio do programa de mentoria da Iniciativa Próxima, em parceria com a Universidade de Yale, ele se preparou para pleitear vagas fora do país. Foram mais de 20 candidaturas e várias negativas até a grande notícia: a seleção para o programa de doutorado conjunto entre o King’s College London e a A*STAR Singapore, com bolsa integral e duração de quatro anos.
O projeto aprovado foca em um dos tipos mais agressivos de tumor cerebral: o glioblastoma multiforme. A pesquisa vai usar nanointerfaces e ferramentas computacionais para investigar a doença em nível celular e molecular, com o objetivo de contribuir para descobertas que possam salvar vidas.
Apesar da bolsa cobrir as mensalidades, moradia e pesquisa ao longo do curso, os custos iniciais para migrar ao Reino Unido são altos. A estimativa é de mais de R$ 30 mil apenas para vistos, passagens e acomodação inicial. Para isso, Wellydo iniciou uma campanha de arrecadação e pede ajuda àqueles que acreditam na força da ciência.
É necessário ainda pagar um valor por ano de programa referente ao sistema de saúde do país e, por isso, os custos tornam-se ainda mais significativos. Essa é uma oportunidade única de levar o nome da minha terra, da Paraíba, e da ciência brasileira para o mundo. Quero contribuir com descobertas inovadoras que possam transformar a vida das pessoas e da sociedade. Mas, nesse momento, preciso de apoio para dar esse primeiro passo e embarcar”, diz.
Quem quiser contribuir com qualquer valor pode fazer via Pix:
Chave Pix: wellydokmarinho@gmail.com
A previsão é que o doutorado comece em outubro de 2025. Até lá, o jovem cientista segue lutando para viabilizar a viagem e provar que, mesmo vindo do Sertão, é possível conquistar o mundo com esforço, talento e educação.
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