Paraíba

Segundo diretor, hospital tem uma dívida de R$ 13 milhões com a Caixa e espera a alienação dos bens do ex-diretor, padre Egídio de Carvalho

O diretor do Hospital Padre Zé, padre George, afirmou que a quitação da dívida de R$ 13 milhões deixada pela antiga gestão da unidade pode levar até oito anos para ser concluída. Segundo ele, mesmo com os bens do ex-diretor padre Egídio de Carvalho bloqueados pela Justiça, o hospital não tem acesso a nenhum recurso e precisa arcar mensalmente com o pagamento do débito contraído junto à Caixa Econômica Federal.

O ex-gestor tem R$ 116 milhões em bens bloqueados, mas não temos acesso. Temos uma dívida de R$ 13 milhões com a Caixa, e estamos pagando desde dezembro quase R$ 300 mil todo mês. Estamos avaliando a possibilidade de alienação desses bens para quitar uma dívida que não é nossa, porque esses bens não ficaram no hospital. No entanto, a Justiça tem o seu processo legal e eu creio que isso vai demorar uns seis, sete, oito anos”, declarou o presbítero, em entrevista ao Correio Debate, da rádio Correio 98FM.

O empréstimo foi feito pela gestão anterior da instituição e não resultou em melhorias visíveis na estrutura hospitalar. O rombo, somado às denúncias de corrupção, à reprovação de contas e ao bloqueio de repasses públicos, mergulhou o hospital em uma grave crise, que quase resultou no fechamento da unidade neste mês de abril.

Como forma de fortalecer a governança e garantir maior transparência, o Hospital Padre Zé está em processo de transformação em uma fundação. De acordo com o padre George, o estatuto da nova entidade já foi elaborado e os últimos detalhes estão sendo alinhados com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) para formalização da Fundação Padre Zé.

A mudança de natureza jurídica também deve ampliar a fiscalização sobre o hospital, que passará a ser acompanhado mais de perto pelo MPPB. O novo modelo contará com um conselho deliberativo e auditorias regulares. A iniciativa já recebeu uma doação inicial de R$ 200 mil.

Portal Correio

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