Paraíba

A Polícia Civil investiga uma fraude que movimentou R$ 287 milhões em cinco estados brasileiros, enganando vítimas ao oferecer planos de saúde com descontos atrativos e sem carência.

Uma mulher foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (2), no município do Conde, na Grande João Pessoa, por suspeita de envolvimento em uma fraude que movimentou R$ 287 milhões em cinco estados brasileiros, que enganava vítimas vendendo planos de saúde.

Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, onde ocorre a investigação, os suspeitos forjavam vínculos empregatícios com vítimas que contratavam o plano de saúde. Eles prometiam preços baixos e planos sem carência, lucrando com cobranças via Pix e boletos falsos. O grupo atuava nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba.

Na Paraíba, o alvo foi uma mulher que comercializa planos de saúde. Segundo a TV Cabo Branco, ela teve celular e notebook apreendidos e foi levada para prestar depoimento na Central de Polícia da capital. A suspeita também teria vendido planos para clientes em João Pessoa.

As investigações

A investigação indica que o grupo empresarial forjava vínculos empregatícios com vítimas que contratavam o plano de saúde. Após, os criminosos incluíam as vítimas em planos empresariais legítimos da operadora, ainda que elas não tivessem qualquer relação real de emprego. Eles lucravam com o negócio ao fazer cobranças via PIX e boletos bancários falsos. As vítimas eram atraídas com a promessa de planos particulares com descontos irreais e ausência de carência.
De acordo com a Polícia Civil, no total, 26 pessoas físicas e jurídicas suspeitas de envolvimento no esquema foram identificadas. O chefe do esquema reside em Porto Alegre. A identidade dele não foi divulgada. Ele é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e organização criminosa.

O caso foi descoberto depois que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que o grupo empresarial movimentava valores suspeitos que ultrapassavam milhões de reais desde 2023. Além disso, que os valores circulavam entre pessoas jurídicas e físicas "sem justificativa econômica".

A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra de sigilo bancário e sequestro de bens com o objetivo de rastrear o destino dos recursos ilícitos, confirmar autoria e reparar o prejuízo das vítimas. Bens vinculados a suspeitos já foram identificados.

Até agora, a Justiça já decretou o sequestro de R$ 5 milhões de cada um dos investigados, sequestro de 16 veículos e de três imóveis.

g1 PB

Compartilhe: