Patos

Tenente-coronel Esaú, comandante do 3º BPM, explicou, em entrevista no programa EITAAA, da TV Sol, apresentado por Filipe Sarmento e Júnior Silva, como será a divisão da segurança durante os dias do São João de Patos 2025, destacando a separação entre o que é público e o que é privado dentro do espaço do Terreiro do Forró.

 

Ele reforçou que a responsabilidade da segurança pública se restringe aos espaços públicos, enquanto as áreas privadas, como camarotes e área VIP, vão contar com segurança privada contratada pelos organizadores.

Está sendo cobrada a entrada da área VIP. Aquilo que é privado não é público, obviamente. Então, a segurança pública vai se deter à população, àquilo que é público”, afirmou. Ele explicou que seria como deslocar policiamento público para uma festa privada, o que não é papel do Estado.

O espaço do Terreiro do Forró, que tradicionalmente recebe milhares de pessoas durante o período junino, foi ampliado em 2025. Segundo o comandante, tanto a área pública quanto a privada cresceram proporcionalmente.

A mesma proporção que cresceu o público, cresceu o privado. Então, ficou bem equilibrado.”

Com a nova disposição do espaço, o front stage da área VIP também foi ampliado.

“Ela ficou mais larga. A área do Terreiro foi meio que diagonalizada. Vai ser uma área muito grande. Eu até brincava com alguns colegas que disseram:rapaz, ficou muito grande e vai ser mais difícil de policial’.

Eu disse:

pode ser mais trabalhoso, porque a gente vai ter que investir mais recursos humanos”.

Apesar disso, Esaú acredita que a nova organização pode facilitar o controle da multidão.

À medida que você cresce e espaça o terreiro, você diminui aquela área de contato das pessoas. O cara não vai estar imprensado. Vai ser um fator que contribui. Fica um negócio mais agradável, mais tranquilo”, avaliou.

Segundo ele, embora se espere um público maior que no ano passado, a sensação poderá ser de menos devido à ampliação da área.

É 150% agora. É mais do dobro. Então, vai ficar uma área tranquila.”

Sobre o papel da segurança privada, Esaú explicou que, em caso de ocorrências dentro da área VIP ou dos camarotes, a responsabilidade inicial será das equipes contratadas pelos organizadores.

Camarotes, a vigilância e a segurança privada tomam conta dos camarotes e da área VIP. Agora, quando a segurança privada não consegue dar vazão ou não tem condições de sanear aquele problema, aí a segurança pública entra com sua infraestrutura, com seu aporte de policiamento, seja ele de bombeiro, polícia militar, polícia federal, enfim, todo recurso público para intervir naquela área.”

Ele reforçou que a atuação da polícia se concentra onde está o público geral, os que não pagam.

Algumas pessoas dizem: ‘mas aconteceu muita briga’. Mas aí eu não posso entrar na área VIP para estar policiando uma coisa que lá é pago. Isso foi discutido bastante e está bem pontuado.”

Por fim, o tenente-coronel lembrou que, apesar de todo o planejamento, alguns incidentes naturais em eventos de massa podem ocorrer.

Aquelas ocorrências típicas de evento de massa são naturais. Às vezes um desentendimento. Às vezes ali pode acontecer também uma ocorrência de um crime patrimonial, um furto, um estelionato. Isso às vezes acontece. O que não pode é ficar de graça. Isso aí a gente vai correr atrás.”

Portal TV Sol

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