Um assalto violento, ocorrido na noite da última quinta-feira (26), mobiliza a opinião pública em Patos, no Sertão da Paraíba, e levanta questionamentos sobre decisões judiciais e apoio às vítimas. A jornalista e advogada Chalana Farias foi atacada de forma brutal nas imediações da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Liberdade, quando teve o carro roubado e acabou sofrendo agressões físicas e verbais.
O autor do crime, identificado como Edson Lino Dantas, de 26 anos, teria abordado Chalana de forma agressiva, puxando-a pelas pernas e jogando-a ao chão antes de levar o veículo, um Hyundai HB20.
Em um ato que a própria vítima classificou como uma tentativa de vingança pessoal, o suspeito colidiu propositalmente o carro roubado contra outro veículo, um Fiat Palio branco, que pertenceria ao enteado dele. A colisão destruiu a parte dianteira do carro da jornalista.
Apesar do flagrante, Edson foi liberado após audiência de custódia realizada na 5ª Vara Regional das Garantias. A juíza responsável entendeu que o caso representava um “hipotético delito sem violência ou grave ameaça à pessoa”, indeferindo o pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público. A decisão gerou indignação entre advogados, jornalistas, movimentos sociais e boa parte da população local.
A jornalista, abalada emocionalmente, agora enfrenta também um desafio financeiro. O prejuízo causado no veículo ultrapassa os R$ 20 mil, segundo avaliação inicial.
Sem seguro e com o carro essencial para sua rotina profissional, Chalana recebeu apoio imediato de amigos, familiares e colegas de profissão, que se uniram para organizar uma campanha solidária nas redes sociais.
“Vou lutar pelos meus direitos”
Nas redes, Chalana agradeceu pelas mensagens de apoio e informou que pretende seguir por vias legais:
Enquanto advogada, entendo as regras do jogo. Mas enquanto vítima, me revolto com essa decisão. Vou representar na vara cível, sim. Vou lutar pelos meus direitos e buscar o ressarcimento dos meus prejuízos. O que eu puder fazer para contribuir, eu vou fazer. Porque é meu direito. Se fosse com qualquer um de vocês, eu também apoiaria”, declarou.
As doações para a campanha podem ser feitas por PIX:
(83) 99619-6744 – Chalana Vanessa Nascimento Farias (Banco Itaú)
O caso acendeu o debate sobre o equilíbrio entre garantias legais e a proteção efetiva das vítimas, além da dificuldade de acesso à reparação por parte de quem sofre esse tipo de violência urbana.
Enquanto a investigação segue em curso, Chalana segue contando com o apoio de quem acredita que solidariedade e justiça devem andar juntas.
Portal TV Sol