A III edição da FLILAR, festa Literária Integrada de Lagoa de Roça, no Brejo paraibano, realizada entre os dias 17 e 19 de setembro, celebrou o talento precoce do escritor paraibano João Miguel Marques, de Patos, no Sertão. Aos 11 anos, ele é autor dos livros Pedro e o Leão, publicado aos 8 amos, e Os Três Porquinhos Sertanejos, lançado aos 10. Voltadas ao público infantil, as obras abordam temas como inclusão, amizade e valorização da cultura nordestina e sertaneja.
João Miguel aprendeu a ler aos quatro anos e encontrou nos livros um universo de imaginação e propósito. Incentivado pela família e por professores, tornou-se exemplo de que literatura também é feita, e lida, por crianças. A homenagem na FLILAR reconheceu a sensibilidade de sua escrita e o impacto que suas histórias já provocam em leitores e educadores.
Durante o evento, o jovem escritor participou de sessões de autógrafos, rodas de conversa com alunos e fez uma contação especial de uma de suas obras. Escolas do município prepararam trabalhos inspirados em seus personagens e nas mensagens presentes nos livros.
Motivo de muita alegria e emoção. Sinto-me honrado, pois sou iniciante na literatura e já ser homenageado em uma festa literária grandiosa como a FLILAR me deixa mais convicto de que estou no caminho certo”, disse João Miguel.
As literaturas de João Miguel, trabalhadas durante a FLILAR nas escolas do município de São Sebastião de Lagoa de Roça, foram além da simples leitura paradidática. Por meio das vivências proporcionadas pelas histórias, os estudantes não apenas aprenderam, mas também se humanizaram, entrando em contato com diferentes experiências e construindo laços afetivos e inclusivos.
As obras escritas por uma criança revelam um tesouro para a formação de leitores e escritores, valorizando a diversidade e a cultura local. As histórias ampliaram a visão de mundo das crianças, incentivando-as a produzir suas próprias narrativas e a deixar um legado por meio da escrita. Desenvolveram empatia, aprenderam a lidar com as próprias emoções e se tornaram leitores fluentes e reflexivos, despertando um sentimento especial: “aprender a enxergar com o coração”.
A professora Laércia Cardoso de Oliveira Souza destacou:
As obras de João Miguel são uma construção de
saberes e sabores afetivos e literários. Sua passagem por nossa cidade foi um ato de bravura e respeito aos nossos estudantes e à comunidade local. Suas obras foram lidas, apreciadas, dramatizadas e externadas. Foi valiosa sua presença; espero que possa voltar e visitar nossas escolas. As sementes foram lançadas e em breve teremos lindos frutos. João Miguel é um gigante, e seus escritos abrem portas para quem os lê, trazendo bons valores e promoção humana, com a capacidade de ver o mundo com os olhos do coração.”
Com apenas 11 anos, João Miguel já coleciona leitores e inspira outras crianças a escreverem suas próprias histórias. A FLILAR, idealizada por Anielle Murany, Isabelly Chaves e Evyllen Fernandes reforça que a literatura pode começar cedo e, sobretudo, transformar vidas.
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