A princípio, o delegado e os agentes da Polícia Civil atuavam divulgando informações privilegiadas para outros membros da organização criminosa, a suspeita do Ministério Público é que nos últimos cinco anos o grupo possa ter movimentado uma quantia próxima a R$ 1 bilhão.
A organização criminosa, segundo o MP, era estruturada em diversos núcleos. Entre eles: logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas; financeiro, que cuidava da parte gerencial da atividade econômica; e um setor de corrupção, responsável pela proteção dos negócios ilícitos.
Agentes públicos serão investigados pela Corregedoria
O delegado e os investigadores estão presos na Casa de Custódia da Polícia Civil em Belo Horizonte. Eles serão investigados pela Corregedoria da PCMG.
“A partir de agora a Corregedoria da Polícia Civil atuará em conjunto com o Ministério Público para trabalhar essa questão das apurações a nível administrativo enquanto transgressão disciplinar”, afirmou a Dra. Flávia Mara Camargo Murta, Chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora.
A Chefe do Departamento se disse surpresa com a participação de tantos agentes públicos na organização criminosa. “Foi uma surpresa, mas a Polícia Civil não coaduna com desvios de conduta. Sempre que houver, a Corregedoria da Polícia Civil estará à frente para fazer uma apuração transparente, dando a eles o direito de defesa, mas sempre demonstrando que nós não somos complacentes em relação a isso”, finalizou Flávia.
Por Carlos Magno