Política

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou ontem  (29) o julgamento de um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o deferimento do registro de candidatura do deputado estadual eleito Marcio Roberto da Silva (Republicanos). Conforme apurou o ClickPB, o MPE alega que Márcio teve a filiação deferida quando ainda estava com os direitos políticos suspensos devido a uma condenação. Roberto foi eleito no último pleito com 40.909 votos. 

No início do julgamento, o relator do recurso, ministro Benedito Gonçalves, que votou pelo indeferimento do registro do candidato, destacou que Marcio "teve condenação transitada em julgado em ação civil pública por ato de improbidade administrativa", com a consequente suspensão dos direitos políticos. Assim, estaria inelegível com base na hipótese prevista no artigo 1°, inciso I, alínea “l”, da Lei de Inelegibilidade (LC nº 64/1990).

Contudo, segundo esclareceu o ministro, após a apresentação do requerimento de registro de candidatura, em agosto deste ano, Marcio obteve tutela de urgência em ação rescisória para suspender os efeitos da condenação, “tratando-se de fato superveniente apto a afastar a inelegibilidade do candidato”.

Por outro lado, o relator ressaltou que ficou constatada a ausência de condição de elegibilidade, uma vez que Marcio se filiou ao Republicanos no período em que estava com os direitos políticos suspensos. E, conforme a legislação eleitoral, para concorrer a um cargo eletivo, é necessário que o postulante esteja com filiação partidária válida pelo menos seis meses antes do pleito.

“Se o interessado se filiou dentro do período de suspensão [dos direitos políticos], nulo será o ato de ingresso no partido. No caso, inexiste filiação partidária válida por seis meses”, reforçou o relator.

O Julgamento deverá ser retomado nas próximas sessões da Corte Eleitoral, pois um pedido de vista apresentado pelo ministro Raul Araújo suspendeu a análise do caso.

Atualmente o primeiro suplente de Márcio Roberto é Bosco Carneiro, que obteve 21.066 votos. Já a segunda suplente é Silvia Benjamim, com 19.401 votos. 

TRE-PB deferiu candidatura

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) alega no recurso ordinário que o postulante ao cargo público não preencheu o requisito de filiação partidária tempestivamente. Segundo o MP, Marcio teve a filiação deferida em 21 de março de 2022, quando estava com os direitos políticos suspensos devido à condenação por ato de improbidade administrativa que transitou em julgado em setembro de 2021. Assim, de acordo com o MP Eleitoral, o candidato estaria inelegível com base na Lei Complementar nº 64/1990.

Ao analisar o pedido do registro de candidatura para o cargo na Assembleia Legislativa, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) deferiu o requerimento, que possibilitou que Marcio Roberto concorresse ao pleito deste ano.

Confira o início do julgamento na íntegra: (minutagem: 12min50)

 

 

 

 

ClickPB 

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