O vereador Josmá Oliveira (Partido Liberal), de Patos, fez um discurso na sessão da última terça-feira (28/2) questionando a postura dos parlamentares da base do governo municipal de terem derrubado o requerimento feito pelo colega Patrian (REDE) que convocou o superintendente da STTrans, Elucinaldo Laurindo, para prestar esclarecimentos na Casa legislativa à respeito da denúncia de cobrança de propina no processo de instalação da Zona Azul na cidade, que veio à tona através de um áudio.
Josmá inicia a fala pedido a presidente da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, vereadora Tide Eduardo, para que mude o nome na Câmara e diz estar envergonhado com a atitude tomada pela maioria.
Queria pedir a presidente que mudasse o nome de Câmara Municipal de Patos pra Vergonha Municipal de Patos ou pra Passa Pano Municipal de Patos. Traga pra mim um rodo e um pano de chão pra eu limpar minha cara de tanta vergonha aqui. A função do vereador é fiscalizar.
O parlamentar destacou o argumento usado pelos demais vereadores para não apurar o fato.
Como assim precisa ter um áudio de um secretário ou de algum servidor do município dizendo que fez aquilo para poder ser fiscalizado. Como é isso? Vazou aí um áudio na imprensa e tomou as devidas proporções, como o colega Patrian trouxe. Ah, mas é porque no meu ponto de vista não tem o áudio de um servidor. Onde é que tem dizendo no regimento, na lei orgânica que o vereador só vai investigar ou dá seriedade a denúncias que tiver áudio de servidores. Nunca recebi denúncia aqui do próprio acusado, do próprio denunciado dizendo eu fiz isso, venha me fiscalizar”, relatou Josmá.
Ele diz que a atitude repercute de forma negativa para a Câmara Municipal.
Com esse comportamento, essa Câmara aqui é pior do que a outra. A Câmara tem que dá uma resposta pra sociedade. Isso desmancha todo trabalho dessa Casa. Fica dizendo que defende o povo, que defende o dinheiro público, mas não quer fazer sua parte que é fiscalizar. Isso aqui senhores é vergonhoso. É melhor mudar o nome para Casa da Vergonha”, enfatiza.
O parlamentar finaliza dizendo:
Nós estamos abrindo mão da nossa prerrogativa. Pessoas públicas seus atos devem ser públicos e sua prestação de conta deve ser pública. Essa passada de pano é vergonhosa”.
Por Portal TV Sol
