Política

Deputada federal anunciou que deixou o Brasil dias após ser condenada a 10 anos de detenção pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Após a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixar o Brasil na véspera, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou a prisão dela nesta quarta-feira (4). Ele ainda determinou que o nome da parlamentar seja incluído na lista vermelha da Interpol, a polícia internacional.

A medida atende à solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), realizado na terça-feira (3), horas após a política anunciar que viajou à Europa dias depois de ser condenada pela Corte federal, por unanimidade, a 10 anos de detenção pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações são do portal g1.  

Além da prisão, Moraes ainda determinou:

bloqueio dos passaportes, incluindo o diplomático que Zambelli obteve por ser deputada;

suspensão de salários, verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo PIX da política;

bloqueio de veículos, abrangendo também embarcações e aeronaves que possam estar registrados no nome da parlamentar;

suspensão dos canais e perfis dela em redes sociais como Gettr, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e X;

aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil à Zambelli por publicações que "reiterem as condutas criminosas";

solicitação, por meio da Polícia Federal, para inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.

Segundo a Agência Brasil, os recursos bloqueados na decisão do ministro serão destinados ao pagamento das multas impostas pela condenação.

Nessa terça-feira (3), Zambelli detalhou, em uma live nas redes sociais, que deixou o País para realizar um tratamento médico no território europeu.

Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora vou pedir para que eu possa me afastar do cargo", detalhou na ocasião.

Ela ainda pontuou que deve pedir licença do mandato.

Tem essa possibilidade da Constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também."

Ponto do Poder

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